Enfrentando desafios para os concretos destinados aos arranha-céus

Com a evolução dos projetos arquitetônicos onde os prédios estão cada vez mais altos e com formas geométricas mais complexas, as concreteiras são desafiadas a entregar um concreto que possa ser bombeado a grandes alturas  e aplicado de maneira eficaz para estas novas estruturas.
Prédios altos (definidos como edifícios com mais de 40 andares ou 150 metros de altura), normalmente requer concreto com maiores resistências “Estruturas de prédios altos em concreto armado já estão sendo projetadas comumente com resistências acima de 50 MPa” comenta Jason D. Wimberly, Gerente de Serviços Técnicos da GCP Applied Technologies - US, “Também pode haver requisitos para módulo de elasticidade. A produção deste tipo de concreto de alto desempenho, entretanto, as vezes requer o sacrifício de algumas das características típicas relacionadas à trabalhabilidade do concreto”.
“A capacidade de bombeamento também se torna cada vez mais difícil quanto mais alta a estrutura. Aditivo redutores de água de alto desempenho ajudam a dispersar melhor o concreto nestas aplicações, enquanto os aditivos modificadores do comportamento reológico podem ajudar a melhorar outras características funcionais da mistura” comenta Wimberly. “Escolher o aditivo redutor de água e o modificador de comportamento reológico do concreto pode ser complexo, pois há vários fatores a serem considerados.

Equilibrando vários objetivos

Quando se trata de entregar concretos para a  construção de arranha-céus, as concreteiras necessitam desenvolver traços que sejam mais robustos, confiáveis e viáveis economicamente. Identificar o traço certo para atender estas metas, requer um estudo aprofundado de todos os elementos do processo de dosagem e produção do concreto, incluindo gerenciamento de materiais e especificações do projeto. As principais considerações incluem:

• Que tipo de agregado estão disponíveis e que tipo de agregados se requer utilizar;
• Qual o histórico da concreteira em produzir concreto de alto desempenho;
• Qual o desempenho dos traços atuais e os custos associados;
• Quais as eventuais limitações operacionais (Ex. número de silos para armazenamento de adições etc);
• Quais os objetivos (Ex. reduzir eventuais variabilidades do processo, seleção de melhores insumos para otimização do traço, porém é provável que os custos destes insumos sejam mais elevados).

“Quanto mais utilizamos traços com produtos químicos, maior o cuidado na sua dosagem prévia e na sua produção carga a carga” comenta Wimberly. “Mas a realidade é que quanto maior a resistência do concreto maior a necessidade de usar aditivos e adições. A questão é: que tipo e qual quantidade?”
Ter um empresa de aditivos parceira, pode ajudar a concreteira a tomar as melhores decisões quanto escolha do aditivo e consequentemente maior rapidez e efetividade no desenvolvimento do traço  do concreto de alto desempenho. A equipe de Serviços Técnicos da GCP ajuda a equipe técnica da concreteira a equilibrar seus objetivos de desenvolver e otimizar os projetos de dosagem, fornecendo consultoria bem como acompanhando os testes de laboratórios para validar as tecnologias mais inovadoras em aditivos químicos.

Otimizando os projetos de dosagens de concreto

A otimização das combinações envolve a convergência do que  Wimberly gosta de definir como os quatros principais pontos: atendimento, funcionalidade, acabamento e economia:

• Atendimento – O traço projetado atende as especificações?
• Funcionalidade – O concreto resultante funciona bem na produção? Em outras palavras, é possível levar o que foi desenvolvido no laboratório para a central e fazer funcionar?
• Acabamento – O concreto tem um bom acabamento? Ele funciona como precisamos no campo? Por exemplo, proporciona um bom acabamento em aplicações horizontais ou verticais?
• Economia – Qual é o custo? “O custo geral é impactado não apenas pelo custo dos materiais e da produção” comenta Wimberly. “Se a concreteira não pode produzir consistentemente o traço carga a carga , por exemplo, resulta em cargas rejeitadas e, em última análise, aumento de custos.”

Produzindo concreto de maneira consistente

Um dos aspectos mais difíceis da produção do concreto é a uniformidade entre as cargas. Alcançar a uniformidade entre cargas é particularmente desafiador quando se trata de concreto de alto desempenho, pois pequenas alterações nas propriedades dos insumos carga a carga, como umidade, podem ter um impacto significante nos resultados do traço. Além disso, os hábitos dos motorista de betoneira, como adicionar água além daquela especificada, e as quantidades corretas de aditivos e adições a serem empregadas na misturas devem ser frequentemente observadas.
O sistema de gerenciamento de concreto em transito VERIFI® ajuda as concreteiras a obter maior uniformidade entre cargas e a otimizar as misturas “.  A tela do sistema VERIFI® alerta muito rapidamente as concreteiras sobre possíveis mudanças dos materiais que vão para o concreto carga a carga” explica Wimberly. “O sistema pode então gerenciar automaticamente o abatimento do concreto enquanto o caminhão esta em transito para a obra, adicionando água e/ou aditivo conforme necessário levando a entrega do concreto dentro das especificações previamente acordadas”. Quanto mais alto o arranha-céu, maior rigidez se busca nas estruturas, portanto maior o módulo de elasticidade que será especificado. “Mesmo pequenas diferenças na quantidade de ar e água na mistura, podem alterá-la consideravelmente, portanto, para aplicações em arranha-céus, ter um sistema como o VERIFI® torna-se ainda mais crucial para reproduzir a mistura certa” comenta Wimberly.